Uma ótima iniciativa para concientizar sobre este vício que mata, e que todos os fumantes não vê ou finge que não vê!
TABAGISMO
por:(Brasília, BR Press)
Nesta sexta (16/11) acontece no Brasil o Dia do Não Fumar, que tem como proposta mobilizar a população para discutir as conseqüências do tabagismo para a saúde. Nos últimos anos, o crescente número de doenças provocadas pelo fumo reforçou os questionamentos sobre os efeitos do cigarro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vício do cigarro é considerado a principal causa de mortes inevitáveis em todo o mundo. Para o pneumologista Celso Antônio Rodrigues, chefe do Núcleo de Prevenção da Gerência do Câncer do Distrito Federal, a importância de datas como a de hoje é a possibilidade de promover debates e alertar a população.
"Nunca uma epidemia causou tanta morte quanto está causando o tabagismo, uma epidemia que alcança o mundo inteiro. Não tem um país em que não se fuma." O especialista afirma que, dentre as substâncias presentes no cigarro, as mais maléficas à saúde humana são o benzopireno e o monóxido de carbono, que alteram o DNA da célula, transformando uma célula normal em uma célula diferente e, posteriormente, em um tumor.
Dentre as doenças relacionadas ao uso prolongado do cigarro, o médico destaca os diversos tipos de câncer, além de problemas vasculares, derrame cerebral e até mesmo a amputação de membros. "Não tem um órgão do organismo que esteja livre em função do indivíduo fumar", acrescenta.
O médico explica que o câncer de pulmão, doença mais associada ao tabagismo, pode se manifestar de diferentes formas. O adenoma, um tumor benigno, pode ou não ter relação com o cigarro. Já o adenocarcinoma e o carcinoma espinocelular são causados diretamente pelo fumo.
Tabagismo Passivo
Celso Antônio Rodrigues alerta que as pessoas que convivem com fumantes e que acabam se tornando fumantes passivos estão igualmente ameaçadas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o chamado o tabagismo passivo é a terceira principal causa de morte evitável no mundo, depois do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
Um ambiente fechado com fumaça de cigarro contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
Outro mal causado pelo tabaco é o enfisema pulmonar, doença caracterizada pela destruição progressiva dos pulmões. Os sintomas iniciais se resumem à falta de ar, mas ao final, o paciente não consegue mais respirar sozinho, e sobrevive apenas à base de balão de oxigênio. "Algumas pessoas, ao parar de fumar, melhoram muito a condição respiratória, mas aquilo que o cigarro destruiu não vai mais se recuperar".
Ritual
Dentre as dificuldades para largar o vício, o especialista destaca não somente a dependência química, que pode levar a crises de abstinência severas, como também o próprio condicionamento provocado pelo ato de fumar. "A pessoa cria aquele ritual de acordar, tomar um café e fumar, almoçar e fumar".
Para Rodrigues, o fumante que deseja largar o vício precisa investir em uma mudança de comportamento. Para os que são considerados dependentes fortes, o pneumologista recomenda a reposição de nicotina por meio de gomas de mascar e adesivos transdérmicos, disponíveis no Brasil.
O médico garante que o indivíduo que consegue parar de fumar pelo período de um ano já pode ser considerado um ex-fumante. Ele afirma que os benefícios de parar de fumar podem ser percebidos ainda nas primeiras 24 horas sem o cigarro. "A pessoa já tem uma pressão arterial dentro da normalidade, melhora as suas condições respiratórias, dorme mais e melhor".
Rodrigues lembra que a composição química da fumaça do cigarro envolve cerca de 4.720produtos químicos, alguns deles radioativos, como o Polônio 210 e o Césio. Ele destaca o fato de que a receita para assistência à saúde no Distrito Federal, atualmente, é de R$ 20 milhões por mês, dos quais R$ 12 milhões são gastos com doenças relacionadas ao tabaco.
(*) Com informações de Paula Laboissière, da Agência Brasil.
Reportagem retirado do site:www.yahoo.com.br
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